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Joanie Lemercier

Artista visual e ativista ambiental
Studio Joanie Lemercier
BIOGRAFIA

Joanie Lemercier (n. 1982) é artista visual e ativista ambiental francesa cujo trabalho explora a perceção humana através da manipulação da luz no espaço. Trabalhando principalmente com projeção de luz e programação informática, Lemercier transforma a aparência de objectos e formas do quotidiano, dobrando a realidade à sua imaginação. O seu trabalho transcende a superfície plana, alargando a dimensionalidade através da interação da luz e da sombra em materiais como a madeira, o vidro, o papel, a cerâmica, os têxteis e a água. Lemercier foi introduzido no processo de criação de arte num computador aos cinco anos de idade, ao assistir a aulas de desenho de padrões para tecidos dadas pela sua mãe. Esta educação inicial fundamentou o seu interesse em estruturas físicas: geometria, padrões e formas minimalistas. À medida que o trabalho de Lemercier evoluía, começou a explorar estes elementos através da física e da filosofia de como a luz pode ser usada para alterar a perceção da realidade.

Grande parte da prática de Lemercier é inspirada pela natureza e reflecte sobre a representação do mundo natural através da matemática, da ciência e da tecnologia. Ambientes abstractos representados como grelhas, linhas, sombras e volumes refinados dão lugar a paisagens majestosas montadas a partir destas mesmas formas minimalistas. Nos últimos anos, Lemercier tem vindo a preocupar-se cada vez mais com as alterações climáticas e a degradação ambiental, emprestando as suas capacidades de projeção e arte a causas e grupos activistas como o Extinction Rebellion, monitorizando e publicando meticulosamente a pegada de carbono do seu estúdio e apoiando iniciativas como #CleanNFT para encorajar outros artistas digitais a reduzir o seu próprio impacto ambiental. A sua mais recente instalação vídeo, The Hambach forest and the Technological Sublime, estreada na Fundación Telefónica em 2021 por ocasião da primeira grande exposição individual do artista, analisa os efeitos devastadores da extração de carvão numa das florestas mais antigas da Europa.

Lemercier tem trabalhado com luz projectada desde 2006 e co-fundou a aclamada editora visual AntiVJ com os artistas Yannick Jacquet, Romain Tardy e Olivier Ratsi em 2008, sendo representado por uma galeria sediada em Nova Iorque desde 2010. Centrando a sua prática em instalações e trabalhos de galeria, tem exposto em todo o mundo em instituições como o China Museum of Digital Art em Pequim, Art Basel Miami, Sundance Film Festival, Espacio Fundación Telefónica em Madrid e colaborado com vários artistas sonoros: Desde que fundou o seu estúdio criativo em Bruxelas, em 2013, Lemercier tem vindo a desenvolver instalações cada vez mais ambiciosas, peças de galeria e experiências de investigação que expandem as possibilidades criativas da luz projectada no espaço. Nos últimos anos, tem procurado desmaterializar completamente a superfície de projeção, trabalhando com materiais transparentes e névoa de água.

Desde 2015, o estúdio está sediado em Bruxelas, na Bélgica, e é dirigido por Juliette Bibasse.

Arte, tecnologia e ativismo

Joanie Lemercier, artista visual e ativista do clima, apresenta uma perspetiva técnica, artística e política do seu trabalho. Partilhará ideias sobre o seu processo e os bastidores do seu empenhamento em várias questões relacionadas com o clima.
Há cerca de quinze anos que Joanie Lemercier tem vindo a fazer experiências com superfícies de projeção não convencionais como espaço de expressão. Nos projectos recentes do atelier, o extractivismo inerente à utilização de ferramentas digitais, o seu consumo de energia, bem como a criação de novos imaginários, são questões centrais e eixos de investigação. Parece essencial e urgente a incorporação de um compromisso político na sua prática artística e nas experiências que oferece aos vários públicos.